12/04/2014 | 19:10 |
1 - Linguagens divergentes
Como durante a infância não sabemos ler ou escrever, o pensamento se constroi de forma visual ou baseado nos sentidos, e é por isso que, por exemplo, cheiros e cores podem trazer lembranças nostálgicas não visuais (eu fico assim toda vez que olho uma figurinha holográfica). Essa seria a razão pela qual a maior parte de nossas memórias mais longínquas ficam em torno dos 6 anos, idade em que a alfabetização começa e podemos "registrar" nossa vida, que também começa a ser marcada por eventos sociais (a escola, os aniversários, etc). Memórias de antes disso tendem a surgir em flash, ativadas por sensações específicas.
2 - Pouco espaço
Outra teoria é a de que, como o cérebro está em desenvolvimento na fase infantil, as memórias criadas durante essa época são perdidas no processo de renovação celular durante a maturidade, o que explicaria porque memórias mais distantes ficam mais "embaçadas". Assim, memórias de longa duração não conseguiriam persistir a não ser que tivessem função essencial para nossa sobrevivência (traumas, ideologias, lições de vida).
3 - Centro de personalidade
Como é durante a infância que são definidos a maioria dos nossos valores, receios e desejos, o cérebro poderia "trancafiar" a infância numa parte inacessável do cérebro, ou quase inacessável. Adentrar essa parte seria possível através de métodos médicos especializados, como a hipnose e indução da psicanálise, que buscam por traumas reprimidos no subconsciente.
FONTE
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