sábado, 12 de abril de 2014

Por que não temos memória de nossa infância?




12/04/2014 | 19:10
 


Tente se lembrar de quando você tinha 2 dias de vida. Não conseguiu? Então tente 2 meses. Ainda não?  Tá, 2 anos. Se você ainda não consegue, tudo bem, a maioria de nós é assim mesmo. Agora por que as memórias da infância, exclusivamente, são "apagadas" de nosso arquivo? Por que isso não acontece com outras fases da vida, por exemplo a adolescência, da qual é possível se recordar mesmo na velhice? As explicações variam dependendo da escola de estudo, que no artigo serão a neurolinguística, fisiologia e psicologia. Vamos conferir as explicações:


1 - Linguagens divergentes
Como durante a infância não sabemos ler ou escrever, o pensamento se constroi de forma visual ou baseado nos sentidos, e é por isso que, por exemplo, cheiros e cores podem trazer lembranças nostálgicas não visuais (eu fico assim toda vez que olho uma figurinha holográfica). Essa seria a razão pela qual a maior parte de nossas memórias mais longínquas ficam em torno dos 6 anos, idade em que a alfabetização começa e podemos "registrar" nossa vida, que também começa a ser marcada por eventos sociais (a escola, os aniversários, etc). Memórias de antes disso tendem a surgir em flash, ativadas por sensações específicas.





2 - Pouco espaço
Outra teoria é a de que, como o cérebro está em desenvolvimento na fase infantil, as memórias criadas durante essa época são perdidas no processo de renovação celular durante a maturidade, o que explicaria porque memórias mais distantes ficam mais "embaçadas". Assim, memórias de longa duração não conseguiriam persistir a não ser que tivessem função essencial para nossa sobrevivência (traumas, ideologias, lições de vida).






3 - Centro de personalidade
Como é durante a infância que são definidos a maioria dos nossos valores, receios e desejos, o cérebro poderia "trancafiar" a infância numa parte inacessável do cérebro, ou quase inacessável. Adentrar essa parte seria possível através de métodos médicos especializados, como a hipnose e indução da psicanálise, que buscam por traumas reprimidos no subconsciente. 



FONTE


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