quarta-feira, 7 de maio de 2014

Esculturas de cerâmica parecidas com desenhos a lápis em 3D

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TAMBÉM LEMBRAM MONTAGENS EM PAPEL

Máquina de costura a manivela
Você olha para essas imagens e tem a nítida sensação de que são desenhos a lápis ou bico de pena, com a intenção de criar uma ilusão de ótica em 3D. Quando muito, montagens em papelão ou cartolina.
Só que não é nada disso. Na verdade, são esculturas de cerâmica branca em tamanho real, com formas associadas ao traço característico dos cartuns, reproduzindo antiguidades nos seus mínimos detalhes.
A ceramista inglesa Katharine Morling surpreende com as peças montadas em módulos depois que os rabiscos são aplicados sobre a superfície. O resultado é como se ela estivesse contando uma história.
Máquinas de fotografia
Máquina de datilografia
Mala com gavetinhas
Telefone antigo de discar
Borboletas dentro da gaveta
Caixa registradora antiga
Clique nas imagens para ampliar (algumas são bem grandonas)


18 coisas que as pessoas criativas fazem diferente


A criatividade se manifesta de forma misteriosa. Pensamento criativo todos temos, porém uns expõem mais, outro menos. Ela, por sua vez, é muito mais duradoura e marcante, mas também pode mudar de acordo com o contexto e situação. Criatividade não é somente ter novas ideias, é saber utilizar da melhor maneira possível, pois assim como ela aparece, também pode desaparecer em questão de segundos.
Vocês lembram da teoria da divisão do cérebro em hemisférios direito e esquerdo que nos leva a pensar de diferentes formas (a teoria de que o lado esquerdo do cérebro = pensamento racional e analítico e o lado direito = pensamento criativo e emocional)? Hoje, porém, segundo a neurociência, a criatividade vai além de tudo isso. Ela reúne vários processos cognitivos, caminhos neurais e emoções e mesmo assim não temos toda a dimensão de como a mente imaginativa funciona.
Na psicologia, costuma-se dizer que as pessoas com maior criatividade são difíceis de se definir, isso porque além de serem mais complexos, não gostam de seguir regras e rotinas.  E mais, pessoas com imaginação aguçada tem mentes mais ‘bagunçadas’.
“O autoconhecimento é de fato difícil para pessoas criativas, pois o ser criativo é mais complexo do que o não criativo”, afirmou Scott Barry Kaufman, psicólogo da New York University, que passou vários anos pesquisando a criatividade, em entrevista ao The Huffington Post.
Apesar dessa confusão de informações, e de não sabermos ao certo como se define uma personalidade criativa “padrão“, existem algumas características e comportamentos comuns às pessoas altamente criativas. Veja 18 coisas que elas fazem diferente.
1. Elas sonham acordadas
Lembram daquela frase “Pára de sonhar acordado”? Muito pelo contrário, sonhar acordado não é perda de tempo para quem é criativo. Viajar demais traz novas ideias, pois no final dessa “viagem” mental, as conclusões poderão ser as melhores e podem auxiliar nas novas ideias. Segundos os neurocientistas, sonhar acordado ativa os mesmos processos cerebrais associados à imaginação e à criatividade.
 2. Elas observam tudo.
Captar o máximo de informações possíveis, pois nada se perde. Um gesto, uma frase, uma imagem, tudo, futuramente poderá ser bem útil. Até porque, não é atoa que sempre temos um caneta e um bloco na mão, não é mesmo?!
 3. Elas trabalham no horário que é melhor para elas.
Rotina? Horários? Isso nunca dá certo, acredite. Criativo, não tem a melhor ideia em horário comercial ou em algum outro horário definido, isso é fato. Eles, por sua vez,gostam de poder trabalhar no horário que quiser, até mesmo na madrugada,  pois sabemos que no final, a produção e o resultado, garantirá um bom êxito.
 4. Elas separam um tempo para a solitude.
Os criativos, normalmente reservam um tempo para ficar sozinho, para poder produzir melhor. Isso, envolve também o sonhar acordado. Estar sozinho, permite que eles, viagem, cada vez mais em novas ideias. “Você precisa estar atento àquele monólogo interior para que possamos expressá-lo”,  como já dizia o psicólogo existencial americano, Rollo May.
5. Elas conseguem transformar os obstáculos em algo bom
Nós como pessoas, sempre temos grandes histórias, boas ou ruins. Porém, os criativos, também se inspiram nas coisas ruins. Para eles, as coisas mais doloridas e tristes, também poderá ser motivo para uma grande ideia. Muitas pessoas conseguem usar as dificuldades da vida e os traumas da infância e juventude para o crescimento criativo.
6. Elas buscam novas experiências
Conhecer pessoas novas, expor ideias, ouvir, debater,  buscar novas experiências. Ter novos conhecimentos, além de abrir ainda mais a nossa mente, desperta novos sentimentos, abertura à fantasia e imaginação.
7. Elas aprendem com os erros
Muito mais do que buscar das coisas ruins, inspirações, é aprender com os erros. Errar, errar e errar, para que então assim possa se aprender e mais, para que o trabalho criativo dê certo. “Pessoas criativas falham e aquelas que são muito boas falham com frequência”, conta o colunista da revista Forbes Steven Kotler. Então, não se preocupe em errar, pois é com eles, que se aprende e se cria, ainda mais.
8. Elas fazem as perguntas mais complexas
Curiosidade desperta criatividade? Claro. Quanto mais perguntas, mais conhecimentos, mais ideias e criatividade. Criativos, por sua vez, por serem observadores, em conversas e grandes reflexões, o que fazem destes, fazer perguntas cada vez mais complexas.
9. Elas observam as pessoas
Lembram sobre o que eu falei, e observar tudo? Mais do que tudo, as pessoas geralmente são o principal alvo. Gestos, emoções, características e  falas, fazem com que o criativo fique horas e horas observando as pessoas, para inspirar novas ideias.
 10. Elas arriscam
Porque não, arriscar? Não tenha medo de expor as ideias, de arriscar. Ser tímido, nessa hora, é proibido. Aliás, vergonha não poderá estar nunca associada a palavra criatividade, afinal, a sua ideia é criada a partir de uma junção de inspirações e isso lhe pertence. Arriscar é ter não ter medo de errar.
11. Elas encaram a vida toda como oportunidade de auto-expressão.
“A expressão criativa é uma auto-expressão”, diz Kaufman. “A criatividade nada mais é do que uma expressão individual de suas necessidades, desejos e singularidade”. Pessoas criativas tem buscam constantemente oportunidades de auto-expressão no dia a dia.
12. Elas seguem suas verdadeiras paixões
Criativos não precisam fazer coisas por seu reconhecimento ou recompensa, eles fazem porque simplesmente são movidos por um desejo interno. “Pessoas potencialmente criativas escolhem e podem se envolver de forma apaixonada em problemas desafiadores e arriscados que geram um forte sentimento a partir da habilidade de usarem seus talentos”.
13. Elas tentam pensar de forma diferente
Pensar diferente, mais um ponto que também está ligado ao “sonhar acordado”. Pensar além do que podemos pensar, explorar, da melhor maneira possível,  pode ajudar muito, no processo de trabalho criativo. Isso, também pode ser chamado de ‘distanciamento psicológico’, que é assumir o ponto de vista de outra pessoa ou pensar sobre uma questão como se ela não fosse real ou conhecida.
14. Elas perdem noção do tempo
Cantar, dançar, escrever ou falar, tudo isso, não nos toma muito tempo, mas esteja certo de que perdemos sim, a noção dele. Todas essas coisas, de alguma forma, nos deia em um estado mental “otimizado”, o que nos faz esquecer de todo o resto. De uma certa forma, passamos a nos concentrar de uma forma totalmente diferente, a fim de alcançar um estado mais aguçado de concentração e calma, sem fazer maiores esforços. Isso, também é chamado de “Estado de fluxo”.
Criativos podem entrar no estado de fluxo quando está desempenhando uma atividade que gosta, mas que também lhe desafia – como qualquer bom projeto criativo faz.
15. Elas vivem rodeadas de coisas belas
Pessoas criativas geralmente tem bom gosto, e consequentemente, gostam de estar cercadas de coisas bonitas, incluindo a música e a arte.
16. Elas ligam os pontos
Ligar os pontos e poder ver as coisas de um outro ângulo. Analisar, com um simples olhar. Criativos, tem essa habilidade: poder enxergar possibilidades onde outros não enxergam.
Como dizia Steve Jobs: “A criatividade é simplesmente conectar as coisas. Quando você pergunta às pessoas criativas como elas fizeram alguma coisa, eles sentem-se um pouco culpadas, pois na verdade não fizeram de fato, apenas viram algo. Depois de um tempo a coisa ficou óbvia. Isso aconteceu porque eles conseguiram fazer a ligação entre as experiências que já tiveram e então sintetizaram coisas novas”.
17. Elas estão sempre ‘agitando’ as coisas
Criativos, sempre muitos agitados, buscando novas experiências e conhecendo coisas novas, evitam qualquer coisa que torne a vida mais monótona ou corriqueira
“As pessoas criativas têm uma maior variedade de experiências e a rotina acaba assassinando a diversidade de experiências”, diz Kaufman.
18. Elas separam tempo para reflexão
Ter não somente a mente aberta para novos conhecimentos, mas também focada em qualquer coisa que faz, também é muito importante. Cada criativo tem seu modo de refletir, mas alguns deles, escolhem a meditação como forma para tingir o estado de criatividade máxima de suas mentes. Porém, cada um pode separar o seu tempo e sua forma para esse “descanso” mental, o importante, é que a reflexão seja feita, pois de fato aumentar a potência cerebral de várias maneiras.

10 sinais de que você pode ser um "chato da internet"

Cometer um deslize aqui e outro acolá é normal. Mas quando a exceção começar a se tornar regra, tenha cuidado


Thinkstock


Curte as próprias postagens? Escreve tudo com hashtag?
Na internet, como no mundo off-line, há certos padrões de conduta que, quando quebrados, geram grandes riscos à nossa imagem. Cometer um deslize aqui e outro acolá é normal. Novamente, assim como na vida real, também temos nossos dias ruins no virtual. Quem nunca perdeu a paciência (seja on ou off) pelo menos uma vez na vida que atire a primeira pedra. Mas quando a exceção começar a se tornar regra, tenha cuidado. Você poderá estar queimando seu próprio filme.

O especialista em redes sociais Ediney Giordani, CCO da kakoi Comunicação, elencou 10 sinais que podem contribuir para colocar você no cada vez maior grupo dos “chatos de internet”. Confira abaixo:



Curtir as próprias postagens

Segundo Giordani, é péssimo fazer isso. “É o mesmo que você chegar a reuniões imensas e gritar: ‘olha como sou legal, olha como sei escrever’. Por favor, deixe esse hábito horrível de lado”, afirma.



Discutir agressivamente com quem discorda de você

“Todos têm direito de opinar e, ao mesmo tempo, o dever de respeitar a opinião alheia. Se seu amigo postou que gosta da cor preta e você a detesta, ok. Não crie caso por isso. Não encha a postagem do amigo com comentários contrários ao gosto dele. Se quiser colocar a sua opinião, tudo bem, mas não tente convencê-lo de que a sua cor é melhor do que a dele. Cada um tem uma opinião sobre cores, times de futebol, política, relacionamentos e religião, ou seja, não crie uma confusão só porque discorda de alguma coisa”, lembra Ediney.



Compartilhamentos infinitos e ao mesmo tempo

“Calma, não saia compartilhando tudo o que vê pela frente. Se isso acontecer, as chances de ser excluído por seus amigos são grandes. Pegue leve, compartilhe um ou outro conteúdo. Moderação é tudo”, acrescenta o especialista.



Marcar amigos em propagandas

“Muito usado nos tempos de Orkut com colagens nos murais, no Facebook essa prática chegou à loucura generalizada. Empresas, cantores, bares e ativistas políticos, por exemplo, fazem aquela arte de gosto duvidoso e começam a marcar todo mundo como se não houvesse amanhã. Para isso, uma solução é fechar seu perfil para postagens sem sua autorização”, aconselha Giordani.



Ficar perguntando: viu minha postagem?

“Se vi e não falei nada é porque não me chamou a atenção. Pronto”, resume.



Acreditar e compartilhar bobagens

“Fotos inéditas da morte dos Mamonas? O Bolsa Família vai acabar? Não compartilhe bobagens expressando sua indignada opinião. Pesquise, sempre”, recomenda.



Perfil 1, Perfil 2, Perfil 3...

“Se você tem 164 mil perfis, você está usando a internet e as suas redes sociais de maneira errada. Se você é tão popular assim, por que não abrir uma página? Tudo ficará mais fácil para você e para seus seguidores”, avalia.



Sua vida inteira nas redes

“As redes sociais não são um diário. Frases como ‘Bom dia, esse é meu café’; ‘Olha minha cama’, ‘#partiu tomar banho’, ‘#partiu almoço’, ‘estou cansado’, e assim vai são inúteis. As redes sociais servem para outras coisas, não para mostrar a vida inteira nelas. Claro que você pode postar coisas pessoais, mas não precisa dar um passo a passo da sua vida. Tudo deve ser feito com moderação”, alerta o especialista.

As famosas hashtags

Ah, essas “#pessoas #que #escrevem #tudo #com #o #uso #da #hashtag... Usem essa ferramenta de busca com moderação. “Usando desta maneira, não irá funcionar, seus colegas não vão conseguir ler e você perdeu o maior tempão com esse número de #”,  recorda Ediney.



Convite para joguinhos no Facebook

“Esse item pode ser polêmico, mas pense: você pode, sim, convidar a pessoa uma vez para que ela passe a jogar com você um determinado joguinho, mas nunca mais de uma vez. É chato e ninguém aguenta. Você acabará bloqueado”, finaliza o especialista.


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Comida britânica: a pior do mundo

Comida britânica - Fish & Chips
Não é de hoje que se coloca em questão a qualidade da comida típica britânica. Por muitos, ela é considerada, simplesmente, a pior do mundo. Conheça algumas opções que, certamente, fazem parte da polêmica lista de iguarias do Reino Unido:
Comida Britânica - Fish and Chips & outros
Fonte: http://bit.ly/1fpMAsj / http://bit.ly/QZoZDa / http://bit.ly/1kq8ASH
Fish and Chips: por lá, em qualquer ilha, peixe há em abundância! Ao invés de cachorro-quente, pelas ruas, o que se vê são banquinhas é de peixe com batata. Detalhe: batata com vinagre! 
Kidney Pie: Nada mais é do que uma torta de rim com carne! Parece que, por lá, o prato é muito apreciado, apesar de ter fama de não ser cheiroso!
Beans on Toast: o feijão na torrada, servido no café da manhã, é levemente adocicado.
Comida Britânica
Fonte: http://bit.ly/1o0tR67 / http://bit.ly/1u0L2c0
Black Pudding: salsichas são famosas e há de todos os tipos: de boi, de porco e esta, que é de sangue!
Bangers and Mash: durante a Segunda Guerra Mundial, a Inglaterra passou por racionamento de comida. Para satisfazer os olhos dos clientes, os produtores enchiam as salsichas de água. Na hora de fritar, elas explodiam, daí a palavra “banger”! Este prato é a tradicional combinação de salsicha com purê de batatas.
Bom, aí estão alguns exemplos da exótica culinária do Reino Unido.
Mas, provavelmente, por lá, nada é tão famoso quanto o Chá das Cinco!

domingo, 4 de maio de 2014

Caixa acústica em forma de dodecaedro com 12 alto-falantes


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SONZEIRA CONCRETA QUE VEM DO CIMENTO

Como fazer caixas de som de cimento
O usuário do Instructables, um site bastante legal que ensina como fazer as coisas, já havia dado a dica de sua caixa acústica dodecaédrica, que manda som para todos os lados através de 12 alto-falantes.
Agora, o designer inglês Liam Barclay resolveu mudar a estrutura original, em módulos sintéticos, por outra de cimento moldado em uma única forma de metal – como poderia ser de MDF impermeabilizado.
Como fazer caixas de som de cimento
A intenção foi baixar o custo de produção e criar um aspecto mais despojado e menos convencional. Diz o projetista que os 40W dos alto-falantes multidirecionais dão um ótimo resultado, que “soa grande”.
A caixa de som de concreto pode ficar suspensa no teto ou apoiada num suporte de madeira, que ele também ensina direitinho como fabricar. Clique nas imagens para ampliar e veja galeria completa aqui.
Como fazer caixas de som de cimento
Como fazer caixas acústicas de cimento
Como fazer caixas de som de cimento
Como fazer caixas de som de cimento
Via LikeCool

Leia mais em: http://www.materiaincognita.com.br/caixa-acustica-em-forma-de-dodecaedro-com-12-alto-falantes/#ixzz30lc0eNN2

3 tecnologias que podem acabar com a televisão

Saiba como a internet, a realidade virtual e produtos compactos estão ajudando a transformar o meio televisivo como o conhece
Por Felipe Gugelmin em 29 de Abril de 2014
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)
Mesmo sem o risco imediato de perder espaço como meio de comunicação, a televisão como a conhecemos parece estar próxima de um beco sem saída no que diz respeito a encontrar inovações capazes de evoluí-la como produto. Graças às próprias características da tecnologia, seus aprimoramentos têm sido bastante previsíveis nos últimos anos, especialmente no que diz respeito a quesitos como qualidade de imagem e interação com o público.
Embora o advento da resolução 4K resulte em imagens mais nítidas e, por que não, belas, a “novidade” parece somente uma repetição da época em que produtos com tela HD e Full HD começaram a dominar o mercado. Da mesma forma, as chamadas “Smart TVs”, apesar de proporcionarem uma maior interação com a programação televisiva, não conseguem mudar o fato de que assistir às opções disponíveis continua sendo um processo essencialmente passivo e restrito a um espaço físico bem delimitado.
Neste artigo, mostramos algumas tecnologias que, se não pretendem acabar com a televisão tradicional, têm tudo para desafiar seu domínio e nos fazer questionar a forma como interagimos com esse meio. Confira nossa seleção e, após finalizar a leitura, registre sua opinião sobre o assunto em nossa seção de comentários.

1. Oculus Rift e Project Morpheus

Embora experiências envolvendo realidade virtual não sejam exatamente algo novo, o Oculus Rift e o Project Morpheus parecem que finalmente vão conseguir transformar essa tecnologia em algo comercialmente viável. Entre os pontos que se destacam nos novos aparelhos está o fato de que, antes de tentar vendê-los aos consumidores, suas fabricantes estão convencendo produtores de conteúdo a criar experiências que tirem proveito das novas plataformas.
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Divulgação/Oculus VR)
Nesse sentido, o Rift, da Oculus VR, possui uma vantagem clara, especialmente no que diz respeito ao suporte da indústria de games. Títulos como Half-Life 2, Team Fortress 2 e Surgeon Simulator 2013 já possuem compatibilidade total com o produto, enquanto dezenas de outros games prometem oferecer esse recurso em um futuro próximo — entre eles, blockbusters como Titanfall, da Electronic Arts.
Já o Project Morpheus, embora esteja mais próximo do campo das promessas do que da realidade concreta, parece bastante promissor. Segundo a Sony, o produto deve ser considerado como um novo meio de interação e não somente como um mero periférico para o PlayStation 4, o que significa que jogos eletrônicos vão constituir somente uma parte dos conteúdos compatíveis com a tecnologia, que promete oferecer experiências com “emoções ampliadas” e com fortes aspectos sociais.
O ponto em comum entre esses aparelhos é o fato de que eles conseguem oferecer um grau de imersão que uma televisão convencional simplesmente não consegue entregar — por mais que aposte em imagens tridimensionais ou na união com sistemas complexos de iluminação e de som. Com o Rift e o Morpheus, você pode se transformar no verdadeiro protagonista de uma história, por mais que a experiência em geral continue tendo características essencialmente passivas.
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Divulgação/Sony)
Um programa de televisão feito especialmente para um dispositivo de realidade virtual poderia colocar o espectador como um membro da ação ou proporcionar pontos de vista impossíveis nas transmissões convencionais. Em um programa de investigação policial, por exemplo, poderá ser possível observar por conta própria as evidências de uma cena ou ver os investigadores conversando diretamente com você — a experiência em si continuaria não interativa, mas se configura de maneira bastante diferente daquela proporcionada por uma TV convencional.
No entanto, para que isso possa se tornar realidade, será preciso superar dois obstáculos bastante relacionados entre si: convencer os consumidores a investir em aparelhos do tipo e produtoras a criar conteúdos que tirem proveito dessas plataformas. Caso um desses fatores não se concretize, esses dispositivos que proporcionam pontos de vista mais pessoais podem ficar restritos a um pequeno mercado de entusiastas.

2. Projetores compactos

Um dos principais motivos pelos quais projetores não se popularizaram entre os consumidores “comuns” é o fato de que a maioria dos aparelhos do tipo exige uma instalação especial para funcionar corretamente. E, mesmo quando isso não é necessário, quesitos como a iluminação ambiente são capazes de destruir completamente a experiência obtida, fazendo com que as imagens percam contraste ou simplesmente desapareçam.
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Divulgação/Sony)
Entre as companhias que trabalham em meios de acabar com essa limitação está a Sony, que apresentou em janeiro deste ano um aparelho compacto que funciona colocado a centímetros da parede. Com formato semelhante ao das barras de som que já se popularizaram em muitos mercados, o dispositivo conhecido como Ultra Short Throw trabalha com a resolução nativa de 4096x2160 pixels e converte sinais 720p e 1080p sem qualquer perda de qualidade.
Fora a portabilidade, o ponto que mais chama atenção no produto é o fato de ele permitir que você altere livremente o tamanho de sua “tela”, que depende exclusivamente da distância entre o projetor e a parede. Segundo a Sony, é possível ter desde um painel de 66 polegadas até um verdadeiro “telão” com generosas 147 polegadas dependendo da maneira como você configura o projetor — com direito à possibilidade de usar um zoom de 1.6x para destacar qualquer elemento desejado.
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Divulgação/Sony)
Como o dispositivo é colocado próximo à parede, não há o inconveniente de projetores tradicionais de surgirem “sombras” na tela quando alguém decide passar pela frente da televisão. Além disso, o dispositivo também traz como benefício agir como uma peça de decoração — com direito a espaços específicos para o armazenamento de outros dispositivos eletrônicos como um console de video game ou um receptor de televisão a cabo.
A difusão de tecnologias do tipo esbarra em um aspecto bastante conhecido pelos consumidores: o preço. A ideia apresentada pela Sony exige um investimento que varia entre US$ 30 mil e US$ 40 mil para ser adquirida, fator que a restringe a um público bastante pequeno, ao menos no momento atual.  No entanto, o mesmo poderia ser dito das TVs Full HD no começo dos anos 2000, que hoje são itens acessíveis para quase todas as classes sociais — prova de que investimentos feitos pela indústria e a passagem do tempo têm o poder de tornar acessíveis mesmo tecnologias consideradas “revolucionárias” em sua época.

3. Internet

O aspecto que mais transformou a televisão nos últimos anos nada tem a ver com a maneira como conteúdos são produzidos, mas sim como eles são entregues ao espectador. Ferramentas como o Netflix e o Hulu provam que há uma grande demanda por meios que quebram a lógica da televisão tradicional ao permitir que você possa assistir filmes, séries e outros programas no horário e no meio que lhe é mais convencional.
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Divulgação/LG)
Os serviços de streaming funcionam como verdadeiras “bibliotecas digitais” cujo conteúdo pode ser acessado tanto através de televisões tradicionais quanto por tablets, smartphones ou computadores. A desvantagem, no caso, é o fato de que muita da programação disponível é considerada antiga, o que serve como um motivo para você continuar pagando por um serviço de TV por assinatura — lógica que nomes como o Netflix já estão ajudando a quebrar com a produção de conteúdos proprietários.
O impacto dos serviços baseados já pode ser sentido de várias maneiras: entre elas, na forma como consumimos clipes musicais. Se durante a década de 90 a MTV era o melhor meio de conhecer artistas novos e acompanhar os maiores sucessos do momento, em 2014 o YouTube é a maior referência nesse sentido e a popularidade de um artista passou a ser medida não por quantas vezes ele aparece na mídia, mas sim por quantas “curtidas” seus vídeos têm no sistema da Google.
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Reprodução/YouTube)
Levando em consideração a internet como um todo, os meios de distribuição ilegais também serviram para transformar a forma como a televisão se comporta — especialmente em países como o Brasil. Se antes uma emissora podia adquirir os direitos de uma série e segurá-la durante meses antes de exibi-la, graças à difusão da pirataria quase não há mais intervalos entre a exibição de um episódio nos Estados Unidos e sua retransmissão em redes nacionais.
O principal adversário dos serviços por streaming é justamente quem domina os meios de transmissão tradicionais, que fazem de tudo para segurar seus consumidores e sustentar seu modelo de negócios baseado em assinaturas e venda de publicidade. Graças a isso, muitos conteúdos só entram em sistemas online meses após sua exibição original, já que empresas continuam dando prioridade a veículos como redes de TV a cabo e lançamentos em mídias físicas, como DVDs e discos Blu-ray.

Conflitos de interesse

O potencial da internet em transformar a experiência televisiva não é uma novidade para os produtores de conteúdo, que já tentaram diversas maneiras de limitar ou até mesmo impedir o avanço da rede em algumas áreas. A disputa mais recente nesse sentido envolve a companhia Aereo, que luta na Suprema Corte dos Estados Unidos pelo direito de continuar com suas atividades de streaming.
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Divulgação/Aereo)
Fundada há dois anos, a empresa despertou a fúria das redes de televisão do país pela maneira como suas atividades ocorrem. Usando pequenas antenas capazes de capturar sinais de emissoras gratuitas (aquelas que não exigem uma assinatura de TV a cabo), a companhia cobra mensalidades que variam entre US$ 8 e US$ 12 para disponibilizar a recepção de programas em tablets, smartphones e outros aparelhos eletrônicos.
Canais como Fox, ABC, CBS e NBC afirmam que isso se trata de um roubo, já que a Aereo não paga nada pelo direito de retransmitir os conteúdos produzidos por canais abertos. Caso a Suprema Corte determine que as atividades da empresa são legais, isso deve representar um duro golpe no modelo atual de emissoras, através do qual companhias pagam bilhões de dólares a produtores de conteúdo pelo direito de transmitir programas populares.
Segundo a revista Time, uma decisão contrária à empresa pode colocar em risco toda a computação em nuvem oferecida por companhias como a Google, Amazon, Dropbox e Microsoft, que usam os mesmos princípios legais para funcionar. Um veredito sobre o assunto deve ser expedido em algum momento entre junho e setembro deste ano, tendo o potencial de transformar de maneira substancial tanto a televisão quanto a internet como as conhecemos atualmente.

O fim da televisão ou apenas uma transformação?

O fato é que, por mais que amanhã surja uma grande novidade que substitua de vez as funcionalidades da televisão ou ofereça uma experiência mais completa, esse meio dificilmente vai ser extinto. Tal qual o rádio transformou o meio impresso ou a internet modificou todas as outras formas de comunicação disponíveis no mundo, a TV dificilmente vai deixar de existir no futuro — mesmo que o faça de maneira bastante diferente da qual estamos acostumados.
3 tecnologias que podem acabar com a televisão (Fonte da imagem: Divulgação/Oculus VR)
O que está certo é que, dentro de alguns anos, a maneira como recebemos conteúdos vai se transformar de maneira substancial, o que vai tornar difícil pensar na TV como o objeto central de uma sala, responsável por unir todos os membros da família. Experiências mais personalizadas já estão se tornando cada vez mais comuns, e mesmo avanços em matéria de resolução ou qualidade de imagem não estão sendo capazes de prender tanto assim a atenção dos novos consumidores.
Assim, tanto fabricante quanto produtoras de conteúdo se veem em um momento no qual é preciso entender as transformações que estão ocorrendo e se adaptar a elas. Caso contrário, nomes como Google, Facebook, Netflix e Oculus VR, entre outros, podem ocupar o espaço hoje reservado a grandes empresas do setor como NBC, Fox, ABC e CBS, entre outras.

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sábado, 3 de maio de 2014

Cientistas descobrem como os egípcios moveram pedras gigantes para formar as pirâmides

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Uma civilização antiga, sem a ajuda de tecnologia moderna, conseguiu mover pedras de 2,5 toneladas para compor suas famosas pirâmides. Mas como? A pergunta aflige egiptólogos e engenheiros mecânicos há séculos. Mas agora, uma equipe da Universidade de Amsterdã acredita ter descoberto o segredo – e a solução estava na nossa cara o tempo todo.
Tudo se resume ao atrito. Os antigos egípcios transportavam sua carga rochosa através das areias do deserto: dezenas de escravos colocavam as pedras em grandes “trenós”, e as transportavam até o local de construção. Na verdade, os trenós eram basicamente grandes superfícies planas com bordas viradas para cima.
Quando você tenta puxar um trenó desses com uma carga de 2,5 toneladas, ele tende a afundar na areia à frente dele, criando uma elevação que precisa ser removida regularmente antes que possa se ​​tornar um obstáculo ainda maior.
A areia molhada, no entanto, não faz isso. Em areia com a quantidade certa de umidade, formam-se pontes capilares – microgotas de água que fazem os grãos de areia se ligarem uns aos outros -, o que dobra a rigidez relativa do material. Isso impede que a areia forme elevações na frente do trenó, e reduz pela metade a força necessária para arrastar o trenó. Pela metade.
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Ou seja, o truque é molhar a areia à frente do trenó. Como explica o comunicado à imprensa da Universidade de Amsterdã:
Os físicos colocaram, em uma bandeja de areia, uma versão de laboratório do trenó egípcio. Eles determinaram tanto a força de tração necessária e a rigidez da areia como uma função da quantidade de água na areia. Para determinar a rigidez, eles usaram um reômetro, que mostra quanta força é necessária para deformar um certo volume de areia.
Os experimentos revelaram que a força de tração exigida diminui proporcionalmente com a rigidez da areia… Um trenó desliza muito mais facilmente sobre a areia firme [e úmida] do deserto, simplesmente porque a areia não se acumula na frente do trenó, como faz no caso da areia seca.
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Estas experiências servem para confirmar o que os egípcios claramente já sabiam, e o que nós provavelmente já deveríamos saber. Imagens dentro do túmulo de Djehutihotep, descoberto na Era Vitoriana, descrevem uma cena de escravos transportando uma estátua colossal do governante do Império Médio; e nela, há um homem na frente do trenó derramando líquido na areia. Você pode vê-lo na imagem acima, à direita do pé da estátua.
Agora podemos finalmente declarar o fim desta caçada científica. O estudo foi publicado na Physical Review Letters. [Universidade de Amsterdã via Phys.org via Gizmodo en Español]
Imagens por wmedien/Shutterstock; Al-Ahram Weekly, 5-11 de agosto de 2004, edição 702; Universidade de Amsterdã

Veja Como Está Ficando o Novo Monumento Satânico que Deve ser Construído no Capitólio de Oklahoma

By Jonathan Smith
 

Louvado seja Satanás. Todas as fotos por Jonathan Smith, que só tinha uma câmera porcaria de celular.
Em janeiro, o Templo Satânico anunciou seus planos de erguer um monumento glorificando o Senhor das Trevas no gramado em frente ao Capitólio de Oklahoma. Eles começaram uma campanha no IndieGoGo com uma meta que parecia meio irreal, de $20.000. Mas quando o período de doações terminou, quase $30.000 já tinham sido levantados. Agora, um artista especializado em escultura clássica está trabalhando em Nova York, elaborando uma figura de Baphomet sentado sob um pentagrama e ladeado por duas crianças em total adoração. Quando terminada, a estátua será fundida em bronze e, os satanistas esperam, finalmente colocada em Oklahoma.
A estátua é uma resposta à instalação de um monumento dos Dez Mandamentos em frente ao Capitólio em 2012. O representante do estado de Oklahoma, Mike Ritze, pagou pela controversa estátua com dinheiro do próprio bolso, por isso, ela foi considerada uma doação e liberada para ser colocada em propriedade do governo. Seguindo a mesma linha de raciocínio, o Templo Satânico apresentou um pedido formal para ter seu próprio monumento ali.
Como Trait Thompson, da Comissão de Preservação do Capitólio de Oklahoma, disse à CNN em dezembro: “indivíduos e grupos estão livres para pedir a colocação de um monumento, estátua ou obra de arte”. Os pedidos são então aprovados ou rejeitados pela Comissão. Infelizmente, o estado suspendeu os processos de permissão para qualquer monumento, até que uma ação judicial movida pelo ACLU (a União Americana Pelas Liberdades Civis) contra o monumento dos Dez Mandamentos de Ritze seja concluída.

Mas os satanistas estão construindo a estátua assim mesmo, e Lucien Greaves, porta-voz do Templo, me ofereceu a oportunidade de conferir como anda o progresso da obra. Greaves disse ter recebido várias ameaças à estátua, mas que “não espera que esses reacionários indignados e insensíveis realmente saibam danificar uma estátua de bronze sem se machucar no processo”. Ainda assim, eles não vão abusar da sorte. O Templo está construído um molde da escultura para poder recriar a coisa, como uma série de bonequinhos de ação malignos, sempre que for preciso.
“Se depender do nosso seguro”, disse Greaves, “vamos poder fundir duas dessas sempre que uma delas for destruída”.
O Templo estima que o monumento deve ficar pronto em alguns meses. Assim que estiver terminado, eles planejam colocá-lo em frente ao Capitólio de Oklahoma, independente do resultado da batalha judicial entre a Comissão de Preservação e a ACLU. Isso deve ser permitido, segundo eles, porque o pedido foi feito antes da confusão com o monumento de Ritze começar.
“Afinal de contas”, disse Greaves, “o Dez Mandamentos continua no Capitólio. Estamos dispostos a colocar nosso monumento no local, mesmo enquanto a ação da ACLU se desenrola, sob o entendimento de que uma decisão contra o Dez Mandamentos terá ramificações para o nosso próprio monumento, provavelmente resultando na remoção de ambos”.

O Baphomet, que terá 2,13 metros de altura e representará a glória do Anjo do Poço Sem Fundo, será colocado diretamente ao lado da escultura que glorifica as leis dadas a Moisés pelo Deus Cristão. A ideia de um monumento satânico numa propriedade do governo de Oklahoma – que é tido como o cinturão da Bíblia do Cinturão da Bíblia americano – pode parecer um tanto delirante, mas Greaves disse que “tem havido muita discussão entre especialistas na lei americana, e eles reconhecem que seria difícil para Oklahoma negar nosso pedido... A constituição é bem clara nessa questão: o estado não pode discriminar pontos de vista. Se eles abrem a porta para um, eles têm que abrir para todos”.
Ryan Kiesel, da ACLU de Oklahoma, parece concordar. Ele disse ao Libertarian Republic: “se, no final das contas, o Dez Mandamentos tiver permissão para continuar no Capitólio com sua mensagem abertamente cristã, então a proposta do Templo Satânico não pode ser rejeitada simplesmente por ter um ponto de vista religioso diferente”.


Quando o monumento estiver pronto, o Baphomet ficará sentado sob o pentagrama. Crianças vão poder sentar em seu colo.
Um argumento muito usado contra o monumento do Templo é que ele não têm “nenhuma significância histórica para o estado de Oklahoma”, como Paul Wesselhoft, representante do estado, disse a uma estação de TV local em janeiro: “a única razão para o Dez Mandamentos ter se qualificado é porque isso fica no Capitólio, que é onde fazemos leis. Somos legisladores. Bom, um dos primeiros conjuntos de leis que tivemos foram os Dez Mandamentos”. Isso, vale ressaltar, foi dito por um membro do governo eleito de forma democrática.
Greaves me disse que “a ideia de que os Dez Mandamentos são fundamentais para os Estados Unidos ou Oklahoma é absurda e obscena... Eu poderia argumentar que a mensagem por trás do nosso monumento é muito mais condizente com os valores constitucionais dos Estados Unidos do que os Dez Mandamentos. Ainda mais se ficar diretamente ao lado dos Dez Mandamentos, afirmando que nenhuma religião tem preferência legal”.

Independente do que acontecer no Capitólio, o Templo está acelerando a construção do monumento. E se ele realmente acabar na Cidade de Oklahoma e o Dez Mandamentos for removido do local, os satanistas pretendem achar um novo lar para Baphomet em outro estado merecedor. O Texas, por exemplo, tem um monumento dos Dez Mandamentos em seu capitólio há 40 anos. Como Greaves aponta: “o que não falta nos Estados Unidos são locais públicos com monumentos religiosos que esperam por uma voz contrastante”.

Se você quiser apoiar a construção do monumento do Templo Satânico, visite o site deles e compre algum de seus seus acessórios satânicos. Todos os lucros vão para o Baphomet.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião]

Procuramos alguns argumentos para entender e justificar a escolha de muitos consumidores pela aquisição de cópias de produtos ori
Por Fernando Daquino em 11 de Abril de 2014
Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião] (Fonte da imagem: Shutterstock)
Em 2012 surgiu o projeto do Sistema Integrado de Gestão de Aparelhos (Siga), uma ferramenta para que a Agência Nacional de Telecomunicações possa bloquear aparelhos eletrônicos piratas.
Os argumentos da Anatel para a criação desse mecanismo — custeado por um grupo de operadoras — se baseiam no cuidado com a saúde das pessoas (já que dispositivos não aferidos podem emitir radiações em níveis prejudiciais) e a exclusão de aparelhos que, devido ao uso de componentes desqualificados, acabam interferindo na qualidade das chamadas.
Desde que foi anunciada, a proposta tem gerado bastante polêmica. As discussões sobre o Siga se intensificaram nos últimos dias após ele ter entrado em vigor — embora, por enquanto, ele deva ser usado apenas para criar um banco de dados sobre os dispositivos em uso no país, somente após setembro deste ano novos gadgets ilegais que tentarem ser ativados serão desativados.
Com a grande quantidade e a forte intensidade das críticas sobre o sistema da Anatel, nos surgiu uma dúvida: por que nós, os brasileiros, gostamos tanto de produtos piratas? Neste artigo opinativo — ou seja, é a nossa opinião sobre o assunto — tentaremos responder a esse questionamento. Você pode concordar ou não.

Alta carga tributária

Embora seja um clichê colocá-los no meio desse tipo de discussão, é inegável que eles têm “culpa no cartório”: os impostos. A alta carga tributária aplicada pelo governo do nosso país possui impacto direto no preço cobrado pelas empresas em seus produtos fabricados no exterior e até mesmo sobre aqueles produzidos em terras tupiniquins. Quer saber mais sobre o assunto? Então confira os artigos a seguir:
Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião] (Fonte da imagem: iStock)
Não vamos nos aprofundar muito nesse assunto aqui, pois isso já não é mais segredo para ninguém. Além disso, todos nós sabemos que, infelizmente, a situação financeira de grande parcela da população brasileira não permite a regalia de comprar um smartphone de R$ 2 mil, uma TV gigante com suporte para 3D por R$ 5 mil e mais um console de última geração que custa pelo menos R$ 2,5 mil, por exemplo.
Em outras palavras, muitas pessoas não querem e não podem comprometer sua renda com coisas tão caras, pois elas precisam suprir suas necessidades básicas, como moradia, alimentação, saúde e educação. Essa combinação de preços inflacionados e poder aquisitivo limitado “empurra” os consumidores para a pirataria.
O baixo custo e as configurações de hardware ou de funcionamento que muitas vezes se assemelham ao de produtos originais ressaltam aos olhos dos compradores um custo-benefício tentador. Para quem não pode pagar valores que giram em torno de R$ 2 mil por um smartphone da Samsung ou Apple, um gadget que custa R$ 400 ou R$ 500 (até menos do que isso) com visual bastante parecido com o dos famosos e que execute as funções básicas de um celular parece uma compra atraente. E isso se repete em vários outros segmentos do mercado.

Uma questão de escolha

Exposto isso, chegamos a um ponto delicado da discussão. Os altos preços praticados no Brasil colaboram com a pirataria, mas eles não podem ser considerados o fator determinante e nem o único motivo para a comercialização de produtos ilegais. Para exemplificar isso, podemos citar alguns serviços que nos últimos anos têm ganhado notoriedade fora e no nosso país por tentarem promover conteúdos de qualidade por preços acessíveis.
Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião] (Fonte da imagem: Shutterstock)
Entre eles estão a plataforma de distribuição de jogos Steam (que traz promoções arrebatadoras para games de PC) e o serviço de streaming Netflix, o qual oferece milhares de conteúdos (entre filmes e episódios de seriados) que ficam disponíveis o mês inteiro por menos de R$ 17 — preço que seria facilmente gasto em uma locadora com três ou quatro locações e não mais do que cinco ou seis cópias piratas de longas-metragens.
Podemos adicionar a essa lista também os jogos desenvolvidos para equipamentos portáteis, em especial smartphones e tablets. Dificilmente o gamer gastará mais do que R$ 10 em um título, tendo uma grande variedade de bons jogos que ficam entre R$ 3 e R$ 5. Por sua vez, serviços como o Deezer permitem que você tenha acesso a um repositório enorme de músicas com alta qualidade sonora, podendo escutá-las no computador ou gadget, online ou offline por R$ 7,50 mensais em promoção e R$ 15 fora dela.
Há ainda uma infinidade de sites e páginas nas redes sociais destinadas para a troca e a venda de produtos originais usados. Mas, se existe conteúdo e meios “acessíveis” de adquirir algo legítimo, por que a pirataria ainda continua tão forte no Brasil? Entramos agora em uma perspectiva psicológica e cultural do assunto — o que torna tudo ainda mais complexo e polêmico.

Lá nos primórdios

Tem quem não ligue para isso, mas muitas pessoas querem um pouco mais de conforto, ter alternativas de entretenimento e, mesmo que inconscientemente, mostrar para os outros que estão antenados com as novidades e podem comprar coisas legais e da “moda”. Esse comportamento é da natureza humana.
Esse tipo de comportamento se intensificou a partir da segunda metade de século XX e, sobretudo, no século XXI. “Historicamente, o consumo é um símbolo da distinção entre classes sociais”, comenta Aline Michelin Bonafini, formada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e atual Coordenadora de Recursos Humanos do Grupo NZN.
Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião] (Fonte da imagem: Shutterstock)
“Após a Revolução Industrial, que transformou o modo como os bens eram produzidos, deslocando o trabalho da força física e muscular para o universo da máquina, houve um aumento gigantesco do consumo. Deste modo percebe-se a tendência dos consumidores em apreciar mais do que a função utilitária dos produtos. O seu valor intangível e os símbolos de status, beleza, prazer e prestígio também passam a ser apreciados”, complementou a entrevistada.
“As elites consomem produtos de luxo na intenção de manter e defender os seus gostos e distinção a partir do uso de itens caros e raros. Já as classes econômicas inferiores tentam imitar este estilo de consumo procurando produtos substitutos que se pareçam com os originais”.
“Assim, a pirataria aparece não apenas como uma produção fora da lei, mas também o modo como o homem, um animal simbólico por excelência, se posiciona diante do consumo, se insere no universo do desejo, se realiza como participante de uma esfera que não deve ser apenas de alguns privilegiados, mas de todos, numa apropriação legítima”, complementa Bonafini.

Quem não tem cão...

Se a atual situação financeira não permite a compra de um carro bacana, por exemplo, outra saída para demonstrar poder aquisitivo se reflete na compra de algo de “menor” valor, mas que agregue status — como um iPhone.
Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião] (Fonte da imagem: Shutterstock)
Vale ressaltar que esse foi apenas um exemplo. Não estamos dizendo que quem adquire o smartphone da Maçã o faz apenas para mostrar que tem dinheiro para isso. O aparelho tem suas qualidades e elas satisfazem as necessidades de muitos usuários, os quais tendo condições financeiras simplesmente o escolhem como uma entre as várias opções no mercado.
“Como consumidor, ostentar um ‘símbolo’ de riqueza, luxo, poder e sucesso, ainda que pirateado, tem o efeito de sentir-se incluído, de demonstrar força e presença. A marca transcende, e muito, o aspecto utilitário do produto. Os produtos de marca não são apenas roupas, relógios, smartphones que têm função de vestir, facilitar a comunicação etc. Eles são símbolos de alguma coisa maior, mais profunda, que identifica seu proprietário, isto é, a marca, a grife”, explicitou a psicóloga.

Jeitinho brasileiro

E quando nem essa faixa de gasto é possível, o que é a realidade de muitos brasileiros, o consumidor recorre à pirataria. Isso vale para muito além de eletrônicos e jogos, englobando roupas, acessórios, perfumaria, entre outros nichos da indústria. O problema aqui é que isso acaba se tornando uma espécie de ciclo vicioso, o qual está presente há muito tempo no meio de nós.
É uma questão cultural do brasileiro sempre que possível tirar vantagem dos outros ou adquirir algo pago de graça — mesmo que alguém tenha demandado tempo, esforço e dinheiro para que aquilo exista. Afinal, “enquanto eu estiver tendo proveito sem gastar nada, está tudo certo”. O que algumas pessoas esquecem é que desenvolvedores e fabricantes (incluindo seus funcionários) também possuem contas para pagar no final do mês, e esses produtos comercializados são o seu ganha-pão.
Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião] (Fonte da imagem: iStock)
“Observa-se ainda que, no Brasil, a pirataria é aceita pelas pessoas, apesar de ser um crime. A venda de drogas, por exemplo, é denunciada à polícia, mas, se vemos alguém vendendo um CD pirata, achamos normal”, explica Bonafini.
“A pirataria é crime, é violação de propriedade intelectual, mas no Brasil isso é aceito. É uma questão comportamental do brasileiro. Em geral, as pessoas se esquecem de ver o que há por trás do produto original. Elas acabam personificando a marca original e associando que essa já é rica o bastante e que, por isso, não precisam pagar tudo isso pelo produto original”, finaliza a Coordenadora de RH.

Físico vs. digital

Existe ainda outro fator relevante para que alguns consumidores optem por produtos ilegais quando o assunto é conteúdo de entretenimento: a necessidade de receber algo físico em troca do dinheiro investido. Muitas pessoas têm medo de pagar por um filme, um álbum de músicas ou um jogo e não ter algo palpável nas mãos, pegar naquilo que acabaram de comprar.
Essa é uma das principais causas da resistência, ainda relativamente grande, com os conteúdos digitais. E, preferindo possuir algo que possa segurar, trocar, revender ou repassar, o comprador prefere adquirir um disco pirata, que algumas vezes tem um preço insignificantemente menor do que uma versão digital original.

Praticidade e versatilidade

Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião] (Fonte da imagem: iStock)
Além do baixo (ou nenhum) custo, os produtos ou conteúdos pirateados oferecem algumas vantagens — e isso nós não podemos negar. A primeira delas é a praticidade de você conseguir baixar o que deseja ouvir ou assistir da internet, reproduzi-lo e aproveitar, sem ter que criar contas ou ficar realizando logins. Além disso, basta um cabo USB para mandar esses conteúdos para os mais variados tipos de eletrônicos e conseguir usufrui-los quando e onde quiser.
Outro fato que pode influenciar na decisão de compra de um gadget ilegal é a versatilidade que alguns modelos possuem. Um exemplo disso são os celulares com suporte para múltiplos chips — um setor pouco explorado pelas fabricantes mais famosas, mas que no Brasil faz muito sucesso devido a uma boa parcela desse segmento da telefonia móvel optar por planos pré-pagos e assim conseguir aproveitar as promoções de várias operadoras ao mesmo tempo.

Efeitos colaterais

Como você deve imaginar, assim como toda prática ilícita, a pirataria traz uma série de consequências negativas para a economia local e até mundial em alguns segmentos. Conforme mencionamos anteriormente, os produtos piratas acabam desviando a verba que, em teoria, deveria ir para as empresas.
Por que o brasileiro gosta tanto de coisas piratas? [opinião] (Fonte da imagem: Shutterstock)
E, se esse retorno ao investimento realizado por uma companhia não acontece, ela não têm muitas alternativas além de fechar as portas (encerrando também a possibilidade de inovação em novos equipamentos ou conteúdos) ou diminuir a qualidade de seus produtos originais para tentar competir com as cópias genéricas. Em ambos os casos, os consumidores de maneira geral saem perdendo.
Há ainda indícios de que a pirataria, como uma prática ilegal, esteja relacionada com crimes mais violentos, incluindo o tráfico de drogas e de armas — mas esse é um tema que sai do nosso escopo, que pode e deve ser abordado em outras oportunidades.
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